viernes, 5 de septiembre de 2014

Obedecer a Deus não é politicamente correto!



Nosso mundo Ocidental está vivendo uma etapa de uniformizar o pensamento: se você pensa diferente do que a “maioria qualificada”, você corre o risco de ser chamado de “intolerante”, “pessoa fechada”, “arcaico” ou “troglodita”.

Nessa linha de pensamento, vemos como uma maioria da população brasileira é contrária ao casamento gay (Ibope 04/09/2014), e mesmo assim a pressão de políticos e da mídia dá a idéia que não é verdade. É a imposição dos poderosos sobre a população, a ditadura de pensamento, como um preparo da vinda do Anticristo e o fim da nossa história.

Na época dos apóstolos, os saduceus e fariseus tinham o controle da religião judaica. Os primeiros tomavam conta dos nobres e do sacerdócio, e os segundos sobre o povo em geral. Embora com teologias diferenciadas sobre vários assuntos, mantiveram um relacionamento de respeito e respeitavam os limites dos outros: afinal, todos precisavam ir ao Templo nas festas (saduceus) e a leitura da Lei acontecia todo sábado nas sinagogas (fariseus)

Quando Jesus veio esse equilíbrio se rompeu. As pessoas seguiam alguém diferente, com uma mensagem que não obedecia aos padrões de pensamento dos religiosos de plantão (Mateus 7.28,29). E a autoridade de Jesus não somente fez que as pessoas tivessem um encontro verdadeiro com o Pai, também fez com que o poder dos fariseus e os saduceus se abalassem. Daí as diversas tentativas de acabar com a vida de Jesus, e até se uniram para conspirar em conjunto. 

Com a morte, ressurreição e posterior ascensão aos céus, a jornada continuava para os discípulos. Agora, como uma comunidade de crentes em Jerusalém, começaram em Pentecostes uma revolução que continuava o ministério de Jesus, só que agora, com a autoridade delegada de Cristo (Mateus 28.19,20) e a presença do Espírito Santo sobre eles (Atos 1.8). Os mesmos religiosos que combateram Jesus lutaram contra a Igreja. E vamos prestar atenção numa conversa entre os líderes religiosos e a dupla Pedro-João:


E tendo-os trazido, os apresentaram ao sinédrio. E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: Não vos admoestamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? e eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Importa antes obedecer a Deus que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro;  (Atos 5:27-30)


Era a segunda vez que foram advertidos a não falar de Jesus, na primeira vez foi quando o paralítico que estava sempre na porta do Templo por mais de 40 anos foi curado. Nesta vez foi por causa dos sinais e milagres, e porque a Igreja já tinha mais de 4.000 membros!

A advertência dos sacerdotes é a mesma que acontece hoje:

- Não falamos para você não falar mais do seu fanatismo aos seus amigos? Vai ficar sozinho!
- Não dizemos a você que a fé é pessoal? Para  de falar como se você fosse o dono da verdade!
- Até quando você vai continuar falando dessa religião? Eu vou te excluir da minha rede social?
- Se continuar falando da tua fé na sala de aula, vamos ter que tomar medidas disciplinarias por incitação ao preconceito.
- Deus é o mesmo, não importando a religião nem a fé, para de falar bobagem!

Ninguém quer ouvir que está errado, e hoje muito menos. As palavras dos sacerdotes obedeciam à idéia de intimidar os discípulos para que deixassem de falar. Membros suficientes já tinham, conhecidos pela sociedade pelas boas ações e pelo amor entre eles. Eram virtuosos e legais. Para que continuar pregando? Para que continuar querendo que o mundo continuasse sabendo que Jesus morreu?

Por que alterar o establishment da sociedade? Fazendo parte dela se contribui ao enriquecimento cultural, lutar para que as pessoas migrem de crença é romper a convivência e a harmonia entre os semelhantes. Uma sociedade madura é aquela que aprende a viver na diversidade e no respeito do pensamento do outro. Os discípulos estavam contra isso. E para dar a cereja ao bolo, se continuassem falando de Jesus e da sua morte ao povo, todos entenderiam que os líderes religiosos tiveram parte nisso.

Eles queriam que uma mão lavasse a outra. “Vocês nos ajudam a que o povo não se lembre da morte de Cristo, e nós garantimos plena liberdade de culto com os membros que vocês têm”.

Não parece um pouco semelhante com o pensamento de hoje?

O que todos tem a ver com a morte de Cristo na cruz? Por que o mundo se importa tanto em que a Igreja se esqueça do sacrifício expiatório de Jesus?

Simples, na cruz está a nossa separação do mundo, ou como Paulo falou:


Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. (Gálatas 6:14)

A cruz deve ser o tema da nossa pregação


Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo. Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem. Pois, enquanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, (1 Coríntios 1:17-23)

Pela cruz fomos reconciliados com Deus.


Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; (Efésios 2:13-16)

E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. e a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz. (Colossenses 1:20; 2:13-15)

A resposta de Pedro é impressionante:

“Nós não vamos entrar nesse jogo”. Vamos obedecer a Deus antes do que aos homens. 

Uma resposta que demonstra o quanto Pedro estava disposto a assumir o risco de seguir a Jesus a pesar das pressões dos setores mais poderosos da sociedade. Pedro não se limitou a ficar calado, ele confrontou os seus adversários apelando ao evidente: Deus é maior do que qualquer outro ser que se interponha na proclamação do Evangelho.

E Pedro volta a enfatizar a morte de Cristo na cruz como centro do debate de idéias entre eles e os sacerdotes: aceitem que vocês entraram em acordo para matá-lo, mas Deus o ressuscitou e agora está na direita do Pai como Deus e Salvador.

E aqui vem a beleza do finale do discurso de Pedro:


E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem. (Atos 5:32)

Não tem como negar aquilo que é real. E se nós não fomos testemunhas, temos o Espírito Santo dado por Deus a todos os que crêem.

Que maravilha!

Se o mundo precisa de Deus, a Igreja precisa resgatar Deus no discurso, a suficiência da Cruz, e uma vida de ousadia na proclamação do Evangelho.

Não pense que as pessoas vão crer num Deus morto, somos nós os que vamos manifestar ao mundo a certeza da vida de Deus em nós, Seu eterno Poder e Bondade para com aqueles que o invocam.

Seja uma testemunha fiel da sua experiência de conversão!

Viva para Glória de Deus.

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